Viagens inspiradas

Outro dia filhote tinha uma tarefa da escola sobre Diários de Viagem. Pense numa mãe e num pai empolgados com a tarefa!! Lá fomos nós remexer na caixa de memórias!! Literalmente, pois temos uma caixa-baú com mapas, tickets de viagem e diários, muitos diários com registros de nossas aventuras. 

Diários de viagens

Foi uma delícia viajar no tempo e, entre tantas memórias, lembrar de uma "categoria" de viagem que meio que inventamos pra nós - as Viagens Inspiradas... vou explicar.

Nosso primeiro mochilão internacional aconteceu no ano de 2001. Lembro até hoje das emoções: a compra das passagens online, que chegaram pelo correio!!! Aquele envelope estiloso com os bilhetes em papel cartão...; a definição do roteiro e compra das passagens de trem para percorrer a Europa em 28 dias; a dúvida entre fazer reservas nos Hostels com antecedência ou viver a vida loca... obrigada ao amigo Hialmar, por nos aconselhar a fazer pelo menos parte das reservas!...

Mas de todas as lembranças dos preparativos para a viagem tem uma em especial que me aquece o coração. Naquela época a internet ainda não era tão presente em nossas vidas, nós até compramos as passagens e fizemos algumas reservas online mas, para dar uma ideia mais concreta: viajamos com máquina fotográfica analógica e 10 rolos de filme de 36 poses; levamos um Discman e um case com 20 CD´s para garantir música durante os trajetos; não tínhamos celular e pagamos pequenas fortunas para ligar para nossas famílias pelo menos uma vez no meio da viagem; carregamos um mapa mundi todo dobradinho onde marcamos nosso itinerário com canetão conforme ele ia acontecendo e, agora vem a memória de aquecer o coração: 

"Antes da partida, visitamos alguns sebos e compramos várias revistas de viagem com matérias sobre os destinos que estavam em nossos planos, para pesquisar e planejar o que ver e o que fazer em cada etapa da viagem"

Foi incrível!! Passamos algumas noites no chão da nossa sala, rodeados de edições já lidas e folheadas da Viagem&Turismo, Minha Viagem, entre outras, lendo sobre Paris, Veneza, Roma, Barcelona, etc... e nosso caderninho, onde anotávamos avidamente as dicas, segredos e informações sobre tudo e mais um pouco. Nossa viagem começou aí!! 

E foi quando nasceu nossa categoria de "Viagens Inspiradas". Folheando aquelas revistas, nos inspiramos muito em fotos de lugares que sequer imaginávamos que existissem! E outras de lugares clássicos que precisávamos ver com nossos próprios olhos e lentes.


A inspiração

Uma das primeiras fotos inspiradoras que eu me lembro foi de uma matéria sobre os pueblos blancos, na região da Andalucia, Espanha. Vimos uma capa de revista com a foto do carro da equipe de reportagem parado em uma estradinha de terra com o pueblo de Arcos de la Frontera ao fundo, no alto de um penhasco. Decidimos que queríamos "viver" aquela foto, aquele lugar. 

Entre a inspiração e o evento correram alguns anos, mas fizemos acontecer!! E essa é a nossa versão da foto que vimos na capa da revista:

Conhecer o lugar foi incrível! E procurar o ponto exato da foto foi muito divertido!!!


A experiência: Na virada de 2010 para 2011 fizemos uma viagem de carro percorrendo Portugal e Espanha. Incluímos essa passada pelo pueblos blancos, em busca da foto de capa de revista.


A inspiração

Ao pesquisar sobre a Andalucia vimos outra foto que fez nossos olhinhos brilharem! Uma ponte construída no século XVIII que divide a cidade de Ronda entre a parte antiga e "nova", e que ficava em nosso caminho para a cidade de Málaga! Claro que decidimos ir lá fazer nossa própria foto desse lugar incrível!!!

A incrível geografia de cidade de Ronda, Espanha.


A experiência: Passamos por Ronda no final do dia, vimos um pôr-do-sol inesquecível, caminhamos um pouco pela ponte, centrinho antigo e ficamos com muita vontade de ficar um pouco mais, mas já tínhamos reserva de hotel no próximo destino, então este foi um dos tantos lugarzinhos da vida que deixou aquele gostinho de "quero mais"!


A inspiração

Em uma dessas revistas compradas no sebo havia uma matéria sobre uma viagem de carro pela região da Toscana, na Itália. Era algo inimaginável para nós na época, recém-casados, ainda estudantes, nem carro tínhamos no Brasil!! Tudo bem que estávamos realizando o sonho de mochilar na Europa, mas daí para alugar um carro por lá ainda tinha um chão para percorrer... e percorremos! 
10 anos depois de ver aquela matéria na revista estávamos nós dirigindo e desbravando a Toscana.



O relato completo dessa aventura começa AQUI, é só ir clicando em "Postagem mais recente" ao final de cada post para seguir a linha do tempo ;)


A experiência: Percorrer a Toscana de carro é algo "apenas" mágico. É como dirigir em meio a pinturas e cenários de filmes. Nós começamos a viagem parando em cada curva onde víamos meia dúzia de girassóis, sem saber que a paisagem se encheria cada vez mais deles!!!



Um "mal" do qual sempre sofremos é o de querer fazer render todas as nossas viagens. Não é nem porque a gente acha que nunca mais vai voltar e precisa aproveitar. Acho que é justamente porque a gente sempre acha que vai voltar, então achamos melhor ter um panorama geral na primeira vez, rsssss... Essa nossa primeira viagem de carro pela Itália, acabou abrangendo as regiões da Ligúria, Toscana e Úmbria


A inspiração

A região da Úmbria entrou no roteiro por conta de uma foto que vimos, e nos apaixonamos, da Civitá de Bagnoregio. Uma cidadela medieval no topo de uma montanha cujo único acesso é uma passarela para pedestres. 



A experiência: Quando vimos a foto deste lugar nos pareceu surreal, impossível que isso existisse ainda em nossos dias.... precisamos ir até lá para conferir! Além desta foto que fizemos a partir do estacionamento, fizemos inúmeras outras a medida em que percorríamos a passarela empurrando o carrinho com o bebezão Joaquim ladeira acima!! E a falta de fôlego valeu a pena!

Explorando a Civitá di Bangnoregio


A vontade de dirigir por estradinhas charmosas e apaixonantes da Europa despontou em nós ao lermos  aquela matéria da revista do sebo sobre os caminhos da Toscana. Mas nossa primeira experiência de fato aconteceu na França, quase um ano antes dessa viagem incrível pela Itália e nove anos depois de ler a matéria inspiradora na revista. 


A inspiração

Dessa vez não foi a foto que veio primeiro. Morávamos já há quase três meses em Paris e ainda não tínhamos colocado o pé na estrada, algo que havíamos nos proposto fazer no período de um ano de moradia na França por conta dos estudos de Ismael. Até que um final de semana resolvemos aproveitar uma promoção de aluguel de carros e pegamos um carango. Com o carro garantido faltava definir o destino. Conversando com amigos do curso de francês, surgiram dicas como as praias da Normandia, Vale do Loire e Mont-Saint-Michel. Pesquisando na web, deu vontade de ir aos três destinos, mas as fotos de Saint-Michel nos hipnotizaram. Que loucura é esse lugar que muda incrivelmente de acordo com a maré!!


Conforme nos aproximávamos do monte, as fotos ficavam melhores e mais hipnotizantes!




A experiência: O relato dessa viagem memorável está AQUI. Foi realmente especial!! Desde a experiência inédita de carregar Joaquim no pano como uma mochilinha nas costas, percorrer as ruelas do vilarejo, até a vivência transcendental de assistir uma missa dentro da Abadia. Foi lindo demais!

Já na era das redes sociais, lá em 2012, mais um destino surgiu em nossa lista de desejos totalmente motivado por uma foto. Uma amiga nossa, que mora na França, curtiu uma foto postada por outro alguém, de uma cidade medieval agarrada a uma falésia... absurdamente lindo!!!


A inspiração


Lembro até hoje de Ismael me mostrando a foto, nossos dois queixos caídos... resolvemos pesquisar. Descobrimos a encantadora comuna de Rocamadour - roc amator, amante das rochas. Não demorou muito e pegamos o trem!

Claro que fizemos nossos próprios registros, precisávamos ver para crer!!

É lindo demais, de noite e de dia...

De perto e de longe...




Em nossas andanças de carro volta e meia víamos ciclistas percorrendo trajetos entre uma cidade e outra. Nessa viagem para Rocamadour, numa das tantas paradas no mirante para admirar a cidade "pendurada nas rochas" nos deparamos com um grupo de terceira idade fazendo turismo de bike. Talvez motivados pela ideia de que, se a terceira idade pode, nós, meros mortais sedentários talvez também possamos... Foi a primeira vez que pensamos: "opa! tá aí uma ideia!!!". 

Essa inspiração rendeu! E o relato da nossa aventura de bike pelo Vale do Loire, em 2017, está AQUI.
(é só ir clicando em "Postagem mais recente" ao final de cada post para seguir a linha do tempo ;)

Que a vida, as fotos, os artigos e relatos sigam nos inspirando sempre!!

Paraty é, para mim, um lugar de voltar sempre!

Continuando nas viagens da memória, uma vez que o #fiqueemcasa continua valendo (já são 70 dias de distanciamento social!), resolvi relembrar um destino onde já estivemos duas vezes: Paraty, Rio de Janeiro. Este é um daqueles lugares do coração, que nós amamos conhecer e ficamos com muita vontade de voltar. Desde que Joaquim nasceu, a vontade de voltar a alguns destinos com ele aumentou ainda mais.

Cartão postal de Paraty - Igreja de Santa Rita de Cássia

A primeira vez

Nossa primeira estadia nessa cidade histórica e fofa foi no início de 2005, fechando um roteiro incrível que fizemos de carro saindo de Curitiba até Minas Gerais e voltando pelo litoral do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa viagem vale um post a parte e Paraty foi a cereja do bolo. Foi tão bom que estendemos o tempo lá e deixamos o litoral de São Paulo para desbravar em outra oportunidade.

As típicas ruas de pedra onde o caminhar pede calma e atenção aos detalhes

Como vínhamos de uma viagem longa de carro, estávamos bem cansados e nos dois dias anteriores a Paraty choveu muito, a ponto de perdermos a oportunidade de conhecer Angra dos Reis e Ilha Grande. Por isso, emocionalmente, Paraty foi um oásis de beleza e descanso para nós! Nos três dias em que ficamos lá fizemos caminhadas descompromissadas pela cidade histórica, fotografamos muito, curtimos a noite boêmia nos barzinhos charmosos, onde rola muita música boa ao vivo, e fizemos um passeio de escuna.

Cada ruela do centrinho histórico é um recanto!

Nós amamos passeios de barco, sempre que temos oportunidade, seja onde for, a gente aproveita pra navegar e ver outros pontos de vista do lugar que estamos conhecendo. E este passeio de escuna em Paraty foi um dos melhores que já fizemos!! Tanto que ficamos super felizes de repetí-lo na companhia do filhote quando voltamos em 2016.

Chegando na praia da Lula para uma parada e mergulho. Esse mar verde é incrível!

Paraty- o retorno

Doze anos e um filho depois, nós voltamos a Paraty! Aproveitamos um feriadão em setembro para cair na estrada. A previsão era de nove horas e meia de viagem de Curitiba a Paraty, mas nós resolvemos inventar moda e em São Paulo descemos a serra rumo a Santos pra pegar a estrada litorânea, sabíamos que aumentaria um pouco o tempo, mas achamos que a beleza compensaria! Realmente a beleza vale em alguns trechos, mas a viagem ficou muito mais longa do que imaginamos!!! Não víamos o tempo no GPS avançar, pois tem trechos com muuuitas curvas, foi bastante cansativo! Mas chegamos!!

Na primeira vez nós ficamos hospedados num hotel na rua principal que dá acesso ao centro histórico. Era bem localizado e nem usamos o carro pois dava para ir a pé até o centrinho. Nesta segunda vez optamos por ficar um pouco fora da "muvuca", para ter uma experiência diferente e porque estávamos dispostos a explorar mais os arredores da cidade. Paraty é recheada de passeios bacanas: cachoeiras, trilhas, esportes radicais, etc. Ficamos na praia de Jabaquara, numa pousada  gostosinha bem perto da praia. Para ir ao centro e outros lugares, que não a praia de Jabaquara, precisávamos do carro, mas os acessos são bem tranquilos.

Praia de Jabaquara

Um dos primeiros programas que fizemos foi o passeio de escuna. Nosso barco não era muito grande, o que é bom pois assim não éramos um grupo grande (cerca de 20 pessoas). Tinha música ao vivo - violão e voz - da melhor qualidade (graças a Deus, porque temos trauma de passeios com música alta e de qualidade duvidosa, rsss...). O passeio dura 5 horas, o almoço é servido a bordo, tem algumas paradas para banho e mergulho e é tudo tão lindo que nem vemos o tempo passar. Alguns pontos de parada são a Lagoa Azul, Praia Vermelha, Praia da Lula e Ilha Comprida.

Os barcos saem do cais e proporcionam uma linda vista da cidade

Nadando na Lagoa Azul

Escuna onde fizemos nosso passeio

Mar tranquilo e muita paz


Uma das delícias de Paraty é caminhar à noite pelas ruelas do centro histórico. Existem muitos barzinhos, restaurantes, cafés e bistrôs charmosos, muita música boa ao vivo, difícil é escolher onde ficar.






No dia seguinte nós fomos em busca das cachoeiras da região. Ouvimos falar sobre o poço do Tarzan e Cachoeira do Tobogã e lá fomos nós! O lugar tem uma beleza incrível, mas estava super cheio e tinha um pessoal meio engraçadão se arriscando a pular de lugares perigosos, não curtimos o clima. Fizemos uma caminhadinha para explorar um pouco e atravessamos a ponte pênsil (bem legal!). Ali pertinho fica o Alambique Engenho d'Ouro, aproveitamos para conhecer o lugar e comprar uma cachaça da região.

Ponte pênsil no poço do Tarzan

Outra cachoeira que super nos indicaram foi a da Pedra Branca, então saímos a sua procura, ficava a pouco mais de 7 Km dali e, diferente da primeira, esta estava completamente vazia, era toda nossa!!! Passamos um bom tempo curtindo toda aquela natureza. A água estava mega gelada, mas depois de um tempinho ficamos "amortecidos", rssss... foi muito bom!!

Cachoeira da Pedra Branca



O passeio do terceiro dia foi conhecer a praia Trindade, distante cerca de 25 Km de nossa pousada. Como estivemos em Paraty em setembro, o clima não era de verão, pegamos até um friozinho e dias chuvosos, mas deu pra caminhar bastante e curtir a beleza de Trindade. Na volta tivemos a grata surpresa de sair um pouquinho da rota e conhecer Paraty Mirim.

Trindade

Trindade
Trindade


Paraty Mirim

Paraty Mirim

Paraty Mirim

Voltando para a pousada, ainda aproveitamos o entardecer melancólico na praia do Jabaquara. Mesmo com neblina e frio, a paisagem é pura poesia.


A noite chegando na praia de Jabaquara

No dia de pegar a estrada de volta pra casa ainda aproveitamos a manhã para curtir a praia pertinho da pousada. Alugamos um caiaque de três lugares e curtimos um belo passeio nas águas calmas de Jabaquara.




Foi uma viagem deliciosa!! E Paraty é um daqueles lugares de voltar sempre de novo!!


Viagem Express - Suiça e Alsácia de carro em 5 dias

Em 2017, quando passamos uma temporada de 2 meses na França, aproveitamos o finalzinho dos dias destinados a estudos para viajar um pouco entre final do mês de agosto e início de setembro. Essa viagem acabou se dividindo em três, o ritmo foi um pouco insano mas muito bem aproveitado! Começamos com uma viagem de 5 dias de bicicleta às margens do rio Loire (relato AQUI), na sequência fizemos uma road trip de 7 dias pela ilha da Córsega (relato AQUI) e, pra fechar, rodamos de carro por parte da Suiça e região da Alsácia, França. Esta última parte da viagem entrou no programa por razões de economia, só que não!! kkkk...

Explico. Pesquisando preço de passagens, a Córsega entrou nos planos porque o vôo Paris-Córsega estava muito barato! Mas infelizmente o vôo de volta estava um absurdo de caro, por isso decidimos colocar mais um destino no roteiro, a partir de onde fosse barato voltar para Paris. Nossa lógica era: "se é pra gastar, que seja conhecendo mais um lugar!".

Logo percebemos que é bem fácil gastar na Suiça! As coisas por lá são beeeem mais caras do que estávamos acostumados, e isso considerando que nossa base na França era Paris! Bom, nós tínhamos 5 dias para essa aventura, então decidimos desembarcar em Genebra e logo pegar a estrada com o carro que alugamos.
(PS: Acho que por ser um país caro e rico, ficamos um pouco decepcionados com o carro que pegamos na locadora! Acho que foi o mais básico, simples e sem graça que já alugamos na Europa. E pra não ajudar, ele soltava bastante fumaça e um cheiro estranho de vez em quando... ficamos torcendo pra não ficar na mão pois tudo o que não queríamos era perder tempo com perrengue nestes poucos dias. Por fim, deu tudo certo! \o/)


Dia 01 - Genebra, Rolle, Lausanne, Montreux, Le Mouret


Saindo de Genebra, o GPS nos levava pela autoroute principal, mas vimos no mapa que havia um caminho próximo ao Lac Léman, resolvemos experimentar. Entramos em Rolle, uma cidadezinha tranquila às margens do lago. Fizemos um piquenique num parque com brinquedos para Joaquim e seguimos rumo a Lausanne. Logo percebemos que o caminho margeando o lago era bem mais lento porque ia passando pelas cidadezinhas...
Rolle

Em Lausanne deixamos o carro num estacionamento e caminhamos um pouco pela cidade. Linda! O sentimento era de que queríamos mais tempo para explorar mais e melhor. Exploramos algumas ruas, visitamos a catedral, subimos e descemos escadas... e seguimos viagem. No caminho até nosso primeiro pouso na Suiça ainda paramos em Montreux, uma cidade lindinha de tudo, às margens do Lac Léman, também conhecido como Lago Genebra. Montreux é bem turística, tem um calçadão margeando o lago, a arquitetura é toda fofa e teve como habitantes ilustres Fred Mercury e Charles Chaplin, que lá viveram os últimos anos de suas vidas. 





Pelas ruas de Lausanne



Montreux

Era 18h30 mais ou menos quando chegamos no interior do interior de Fribourg, um lugarzinho chamado Le Mouret, na fazenda de nossa anfitriã que também se chamava Aline. Ela nos recebeu super bem, mostrou nosso apartamento, ainda caminhamos um pouco pela área da fazenda e em seguida desmaiamos!!! Suuuuper cansados!




Nossa hospedagem numa fazenda no interior de Fribourg

Pra ter uma ideia, ao todo percorremos 150 Km, bem devagar pois fizemos várias paradas. O trajeto mais demorado foi o último, entre Montreux e Le Mouret, que durou 45 minutos. Por isso foi possível conhecer vários lugarzinhos ao longo do dia.

Dia 02 - Le Mouret, Fribourg, Berna, Basel
A parada em Le Mouret foi estratégica, era uma opção interessante no AirBnb por dois motivos: preço e peculiaridade. Afinal, quando na vida teríamos uma nova chance de nos hospedar em uma fazendo de leite no interior da Suiça?! O local também era estratégico entre os destinos que queríamos visitar.
Depois de um café da manhã delicioso, com iogurte e leite frescos da fazenda, conhecemos um pouco mais da propriedade, ciceroneados pela minha xará Aline. Terminado o agradável passeio, arrumamos nossas coisas e partimos. Apenas dez minutos depois chegamos em Fribourg, cidade que ficamos na dúvida entre conhecer ou não, mas que amamos ver! Não tínhamos mapa da cidade e isso é grave! Mas logo depois de estacionar o carro chegamos na catedral e vimos que dava pra subir na torre. Opa! Vamos lá!! Q-U-A-S-E-M-O-R-R-I !! 365 degraus sem pausa para respirar... afe! Mas lá de cima deu pra ver a cidade toda e entender sua distribuição, foi bem legal! Achamos Fribourg bem fofa e soubemos que a cidade mantém relação com Nova Friburgo, cidade de Santa Catarina, Brasil, onde existe uma associação da cidade suíça. Inclusive minha xará já esteve por lá =). Partiu Berna, capital da Suiça.
No topo da torre

Vista lá de cima

A catedral

Pelas ruas de Fribourg

Ao fundo a torre que subimos para ver a cidade de cima


Berna é linda!! Já leram ou assistiram "Trem Noturno para Lisboa"? É onde a história começa...
Novamente chegamos na cidade sem mapa e sem ter como consultar a internet... afe!! A gente fica perdidão... saímos caminhando até ver um cara olhando um mapa turístico da cidade, Ismael foi conversar, era um espanhol, oba! Rolou comunicação, o que a partir daqui começa a ficar mais difícil, pois até Lausanne, ou mesmo em Fribourg, ainda encontramos várias pessoas que falavam francês, mas aqui em Berna já está mais difícil. O espanhol nos mostrou o mapa e apontou algumas direções, incluindo o Office de Tourisme. Seguimos caminhando e nos deliciando com a cidade toda linda. 
Mais tarde conseguimos um mapa numa loja de souvenirs, onde uma moça super simpática nos atendeu falando inglês e, com algum esforço, entendemos as dicas... descobrimos que estávamos pertinho do parque dos ursos de Berna! Joaquim adorou!! De lá voltamos para buscar o carro e seguir viagem, mas antes paramos próximo ao parque das rosas para ver a cidade de cima. Mais uma daquelas de suspirar e pensar "ai que vontade de ter mais tempo...".


Catedral de Berna

Ponte de ferro sobre o rio Aare


Rathaus - Câmara Municipal

Relógio Astronômico ao fundo das pessoas felizes!
A linda Berna vista do Rosengarten - Jardim das Rosas 

Nossa média de tempo de permanência em cada cidade tem sido entre 1h30 e 2h, e estamos conscientes de que isso é nada para se conhecer um lugar de fato. Mas foi nossa opção diante do tempo que tínhamos... em Berna ficamos pouco mais de 3h, e saímos muito com a sensação de quero mais!
Chegamos em Basiléia - Basel - Bale no início da noite, a ideia de conhecer a cidade neste mesmo dia já havia sido descartada no caminho... Decidimos tocar direto para nossa hospedagem. Na verdade nosso apartamento AirBnB ficava em St. Louis, cidadezinha colada em Basel mas já na França. Não tínhamos idéia de quão próximos ficaríamos da fronteira entre Suiça e França, era muito perto!! Nosso anfitrião havia deixado as dicas de onde estaria a chave e tomamos conta do apartamento. Que delícia!! Chegar num lugar com jeitinho de casa, com a cozinha cheia de coisinhas gostosas preparadas para nos esperar. O apartamento era um xuxuzinho. Ismael ainda deu uma saída para comprar alguma coisinha para prepararmos um jantar e quando voltou brincou: “dei um pulinho logo ali na Suiça e já voltei!”. A fronteira era tipo logo ali, no meio da rua! E o mais louco é que nessa saidinha rápida para ir ao mercado deu pra sentir a diferença dos preços! Vive la France!!!
Mais tarde desci para buscar algo no carro e encontrei com Jérôme e sua namorada nas escadas, nosso anfitrião, foi bem legal conhecê-lo. Agradeci a hospitalidade e rolou uma conversinha básica, até onde meu francês me permitiu ir... rssss. Fechamos mais um dia ótimo de muitas caminhadas, descobertas e explorações!

Dia 03 - Basel, Mulhouse, Colmar
Na manhã seguinte, depois de um delicioso café da manhã e de juntar toda nossa bagagem, partimos de “volta” para a Suíça para conhecer Basel, ou Basiléia. A cidade é linda, com uma geografia cheia de altos e baixos, muitas bicicletas, cortada pelo incrível rio Reno com suas pontes, visitamos o magnífico prédio vermelho da prefeitura e a catedral gótica onde está enterrado Erasmus de Roterdã.



Rathaus - Prefeitura de Basel 


Pelas ruas da cidade

Telhados de Basel

Catedral em estilo gótico

Obras de arte contemporânea instaladas nos jardins da catedral

A visita à catedral de Basel é de encher os olhos!


Cidade incrível!

Cruzando a fronteira novamente, seguimos para a região da Alsácia, com parada em Mulhouse, cidade que escolhemos para visitar a caminho de Colmar, nosso próximo pouso. Entrando na cidade, ela não nos atraiu muito até que chegamos no centrinho histórico. Pequeninho de tudo, mas muito convidativo, parece até cenário de filme de tão lindo! Caminhamos um pouco e demos um tempo numa praça ampla e animada para tomar um sorvete.


Praça central de Mulhouse

Prédio da Câmara Municipal

Arquitetura e cores de Mulhouse

Catedral

Foi um dia repleto de belezas!
A última parada do dia foi Colmar. Encontramos nossa anfitriã que nos mostrou o studio onde ficamos por duas noites. Super xuxuzinho, porém não tinha internet, foi um descuido nosso pois no anúncio não constava mesmo este item. Foi frustrante porque para planejar o dia de passeios a internet é uma super ferramenta! Mas ok. Depois de ir ao mercado e fazer uma jantinha gostosa, saímos novamente para ver La Petite Venise à noite. LINDOOOO!!!!





Dia 04 - Mudanças de planos e lugares incríveis!
Como estávamos sem internet, a primeira parada do dia foi o Office de Tourisme, tanto para usar o wifi quanto para providenciar mapas da região. Este dia estava separado na agenda para irmos ao Parque do Pequeno Príncipe, distante cerca de 30Km de Colmar. No Office, enquanto eu conectava a internet no notebook para pesquisar sobre o parque e Ismael conversava com a atendente pegando dicas, Joaquim ficou olhando folhetos e encontrou um sobre le Parc du Petit Prince. Todo animado começou a olhar as fotos, até que leu sobre as datas de abertura do parque e veio nos mostrar: estávamos no dia 07 de setembro e o parque fechou em 31 de agosto!!! WHAT?!?! Sabíamos que as grandes férias tinham recém acabado, mas isso inclusive nos animou a pegar o parque um pouco mais vazio... Nem a moça que estava nos atendendo acreditou que estava mesmo fechado. Ela ligou lá para confirmar, e estava... Pensa numa tristeza geral!!
Devidamente recompostos da surpresa desagradável, começamos a elaborar um novo plano para o dia e fizemos uma das coisas que mais amamos: explorar, explorar e explorar!!! Vimos que nos arredores de Colmar havia inúmeros vilarejos para serem desbravados e lá fomos nós!!! Nem sabemos pronunciar alguns dos nomes, mas conhecemos: Kintzheim e Castelo Haut-Koenigsbourg, Saint-Hippolyte, Bergheim, Ribeauvillé, Hunawihr e Riquewihr. Um lugar mais encantador que o outro!


Castelo medieval de Haut-Koenigsbourg, séc. XII
Saint-Hippolyte

Saint-Hippolyte
Bergheim

Bergheim
Ribeauvillé

Ribeauvillé
Hunawihr

Riquewihr

Riquewihr


Dia 05 - Colmar e Genebra
O quinto e último dia da viagem aproveitamos para conhecer melhor Colmar. O que mais encanta nessa região da Alsácia é a mistura de elementos da cultura francesa e alemã, uma vez que é um território historicamente disputado e que já pertenceu aos dois países. A arquitetura é muito autêntica e fofa! Parece uma cidade de conto de fadas. Nós já havíamos conhecido anteriormente Strasbourg, a capital da região. As duas cidades tem muito em comum e são lindas!








À tarde, depois de tanta beleza apreciada em Colmar e arredores, pegamos a estrada para fazer o caminho de volta a Genebra, de onde sairia nosso vôo para Paris no dia seguinte. Não podemos dizer que conhecemos Genebra, pois chegamos à noite e só tínhamos a manhã seguinte para explorar a cidade. Juntando o cansaço extremo ao fato de que amanheceu chovendo (primeira chuva de toda a viagem), nós apenas demos uma volta de carro pela cidade e fizemos um bate e volta para aproveitar os vouchers que ganhamos no hotel para as Mouettes genevoises, ou barcos-táxi que atravessam o lago Léman, ou lago Genebra. De lá seguimos para o aeroporto e c'est fini!
Alpes suiços avistados da estrada

Lac Léman

Atravessando o lago numa Mouette

No total nós fizemos uma grande volta, de quase 700 Km, com várias paradas no caminho de ida e retornando direto os cerca de 300Km entre Colmar e Genebra.